
Ocupação do Solo
mapeamento do uso e
A Costa do Cacau é um centro de endemismo da Mata Atlântica, abrigando florestas nativas em diferentes estágios sucessionais e sistemas agroflorestais como a cabruca. A supressão da vegetação e as mudanças no uso do solo trazem impactos como perda de biodiversidade, fragmentação de habitats e alterações no microclima e nos recursos hídricos. Para acompanhar essas transformações, está em desenvolvimento um programa de monitoramento por inteligência artificial, que utiliza imagens Sentinel-2 e redes neurais convolucionais (CNN) para mapear classes de uso da terra ao longo do tempo. Paralelamente, a supressão vegetal é acompanhada por plataformas como Harpia (INEMA) e MapBiomas, com análises de acurácia baseadas em imagens de alta resolução. Os resultados são disponibilizados no Observatório Socioambiental do Porto Sul.
Monitoramento do branqueamento de corais hermatípicos no
Parque Municipal Marinho de Ilhéus
Os recifes de coral são ecossistemas vitais para biodiversidade, proteção costeira e recursos pesqueiros, mas estão ameaçados pelo aumento da temperatura, acidificação, eutrofização e sobrepesca, que causam branqueamento e mortalidade. Na plataforma de Ilhéus, sua ocorrência restrita os torna mais vulneráveis, embora funcione como corredor genético entre o sul da Bahia e o nordeste. O projeto busca diagnosticar o status do branqueamento no Parque Marinho da Pedra de Ilhéus, inventariando espécies, mapeando a cobertura coralina e monitorando temperatura e qualidade da água por satélite para prever novos eventos. Os dados e alertas serão divulgados pelo Observatório Social da UESC.


Esforço Pesqueiro
Mapeamento do
A plataforma continental de Ilhéus, a mais estreita da Amazônia Azul, conecta Abrolhos ao nordeste e concentra pesca artesanal, industrial e projetos como o Porto Sul. Essa sobreposição aumenta os conflitos pelo território pesqueiro. O programa realiza o mapeamento do esforço pesqueiro com imagens Sentinel-2 (Copernicus Hub), permitindo identificar até pequenas embarcações em dias claros, e integra dados do PREPS sobre pesca industrial. As informações são reunidas em um webmap, sobrepostas às áreas de influência do Porto Sul, apoiando a análise de impactos e conflitos.
Marco Zero da
Erosão Costeira
Com o avanço das mudanças climáticas e a ocupação irregular da costa, aumentam os riscos de erosão e perda de ambientes como manguezais e restingas. Desde 2018, a linha de costa de Ilhéus vem sendo monitorada mensalmente com imagens Planet, delimitando a preamar média e analisando a sedimentação por meio do DSAS (Digital Shoreline Analysis System). Entre 2018 e 2024, indicadores como o NSM (Net Shoreline Movement) revelam as variações de recuo ou avanço da praia, estabelecendo uma linha de base essencial para o monitoramento da erosão costeira.

